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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

MÁRIO & CENTENO OS RONALDOS DAS FINANÇAS





Caros Mário & Centeno, vulgo, os Ronaldos das Finanças,

Saibam Vossas Excelências que é a segunda vez que vos escrevo sem obter resposta, percebo agora, que deve ser o Mário a receber a carta e o Centeno a deitá-la fora. A minha tia da parte da minha mãe, que não era tia, mas comadre, mas nós éramos pobres e economizávamos nas palavras e chamávamos-lhe tia, também começou a falar com as vozes interiores, ela chamava-se Maria Lucinda, a Maria fazia limpezas nas instalações da Fábrica da Pólvora na Trafaria e a Lucinda era repositora no Continente da Amadora, aquilo dava-lhe uma trabalheira cá e lá, cá e lá que era angustiante. Ora, ao que consta, o Mário pediu a Bruxelas medidas adicionais para controlar esse cativador do Centeno e como eu vos compreendo e me uno, em estreita solidariedade, ao vosso dilema pois que eu dou pelo nome de Luís Bento, se o Luís está desempregado, o Bento anda a mandá-lo arranjar trabalho. Entre as vossas milhentas ocupações, palestras, reuniões, viagens e o diabo a quatro, que afinal não veio como disse o outro, mas às vezes anda dentro das nossas cabeças quando falamos de nós na terceira pessoa, sugiro que façam umas férias para que não vos suceda como àquela minha tia Maria Lucinda, coitada que com tanta canseira acabou no Rilhafoles, às cabeçadas à parede, convencida que estava, que era uma pipoca a saltar no tacho…

quarta-feira, 11 de abril de 2018

EXCELENTÍSSIMO SR. DR.RONALDO DAS FINANÇAS


HenriCartoon


EXCELENTÍSSIMO SR. DR. RONALDO DAS FINANÇAS

A minha tia da parte da minha mãe dizia que eu levava jeito para a escrita e para incomodar os “grandes” com assuntos desagradáveis, para além disso sou também doente oncológico, desempregado de longa duração e bom observador. Constato, por isso, com relativa facilidade, que vossa excelência domina com excelsa mestria, a conjugação dos verbos com a terminação em “AR”, a saber: Cobrar, Pagar, Identificar... Vem isto a propósito do facto de vossa excelência ter afirmado, recentemente, que tinha identificado o problema da quimioterapia pediátrica do Hospital de São João no Porto, ora caríssimo Mário Centeno, o que se pretende não é que o senhor tire o bilhete de identidade ao problema, mas, tão só, que se disponha a usar verbos com outras conjugações terminadas, por exemplo, em “IR”: Intervir, Agir, pois creia-me vossa excelência que essa minha tia, coberta de razão, achava que os afazeres de um político se mediam pela bitola de um “vulgar de Lineu” administrador de condomínio: receber as quotas e proceder à manutenção do edifício com os elevadores a funcionar. Ora, na prática, acredito piamente que se tenham lembrado de lançar esta notícia cá para fora, para mostrar “àqueles gajos do teatro” que não há dinheiro para a cultura, boa malha! Que nisto da política, há quem diga que é a arte do possível, opinião partilhada pela minha tia, que acreditava serem (alguns) políticos verdadeiros artistas. Eu já não reclamo com a falta de papel higiénico nos WC’s de alguns hospitais ou que a enfermeira não tenha agulhas finas e espete, na mão, um ferro digno de aplicação equídea quando vamos às consultas, mas as crianças Senhor… apanhadas por uma doença traiçoeira ainda terem que ganhar calo e resistência para aquilo que vão suportar nos hospitais do SNS na vida adulta é que já é demasiado. Por isso, e para concluir, sei que vossa excelência, no atapetado vetusto dos gabinetes ministeriais não se apercebe que esta situação dói mais que o diferencial entre 0,7% e 0,9% do deficit “para inglês ver”, mas veja lá, pela sua saudinha, se brevemente começa a conjugar o verbo “libertar verbas para os Hospitais”…
De Vossa Excelência
Atentamente
LB

terça-feira, 26 de junho de 2012

GOLO!



Um país de faz de conta, sem cheta, rumo ou moral. Sombra dúbia do passado, refém da Nossa Senhora, de milagres e nevoeiro. Um bolo-rei ao leme, um coelho na retranca, a nau catrineta à deriva, em ruínas, sem ideias, um fio de luz  ou nesga de futuro. Perdidos no fingimento entre uma mine e o dedinho em riste à espera dos golitos do Cristiano de peito inchado, lá vai o povo, cantando e rindo... Colossal!!